Primeira Trilha do Ano em Santa Isabel
Não dá para escrever pouco. Realmente não dá! Todos os meus conhecidos e amigos sabem que há muito tempo não ando.
Tudo tem que ter um começo, né? Então falei pro Paulão que eu queria ir para Santa Isabel pedalar sozinha com ele.
Tudo bem... mas daí o Vila ligou e eu convidei. Para não deixar alguns amigos muito queridos por fora, alguns avisei por e-mail, outros tentei no telefone e outros, vieram por causa do Vila.
E ai, a bagunça se formou! E que bagunça gostosa! Pra uma trilha que ia ter 2 pessoas, 16 estava pra lá de legal!
Deixamos os carros na casa da mãe do Paulo e seguimos, porém muito tarde, para aquelas bandas. Começávamos 10 horas, sendo que nesse horário, eu e o Paulo já estamos voltando, pois lá é muuuiiiitto quente, mmmuuiiiita subida, apesar de valer cada milímetro de esforço, pela beleza do lugar.
Nem é preciso dizer que logo que entramos no mato, foi um óóóóóóóhhhhhh geral!. O Vila, daquele jeitão dele, só falava, que MARAVILHA, filhota, que MARAVILHA!!! Subia-se morro, descia-se morro, quando a gente olhava o Beto Xeroso bem atrás, dando risada e perguntando com a gente estava.
O Roberto Japonês, com sua simpaticíssima esposa, também pedalavam, nos últimos lugares, mais para me fazer companhia, do que por seguir seu próprio ritmo.
Sei que lá, é uma trilha dura, porém não é das piores. Sei também que para o Vila, aquilo era um néctar dos Deuses, pois esse homem nunca parou de pedalar.
O Calor cansava mas todos estavam inteiros!
Ali, em Santa Isabel, as descidas são ecléticas. Há para todos os níveis. Os caminhos nos lembram um pouco Igaratá, pela abundância de vegetação, pelo desnível das terras e até mesmo pela quantidade de gado que vemos.
Quando é muito cedo, gaviões disputam com pássaros, pequenos insetos desatentos que voam pelos ares.
A quantidade de sons que desconhecemos, supera e muito, todos os lugares onde já estivemos.
Há também, abundância de sombras, que nos refazem após uma subida mais árdua.
Para o Paulo, aquilo tudo não passa do quintal de casa. Ele subida para indicar o caminho para a galera mais apressada, mostrava onde estávamos, ensinava o Beto, voltava para o restante da galera e ainda... hehehehe dava um empurrãozinho para eu subir. Confesso que esta minha primeira trilha teria sido uma tortura se ele não estivesse lá.
Depois de algumas descidas e subidas e aquela visão incrível, paramos num lugar que alguns de nossos amigos já conhecem, que é um Alambique pra lá de antigo.
Quando o dono está sóbrio, ele é sério e compenetrado. Quando já experimentou alguns goles de sua fabricação, aí, ele é só alegria, boca suja e muito abraço.
Seu irmão nos conta que aquelas terras, assim como o Alambique, pertenciam à uma rica família quatrocentona de São Paulo. Quando veio a libertação dos escravos, aquele pequeno terreno foi vendido para eles e assim nasceu o Alambique.
Com a chegada dos imigrantes italianos, novamente o Alambique mudou de dono, e continua com a família, até nossos dias.
Hoje, a primeira casa, depois de reformada, só contém as telhas antigas, ainda feita nas coxas, desiguais que cobrem o pequeno sítio. Onde está toda a parafernália que faz os vapores subirem, extraem a essência da cachaça, a construção é mais recente, porém longe de ser uma coisa moderna.
Ao chegarmos lá, o calor sufocante não era amenizado nem pelas sombras das frondosas árvores. O Paulo, então, passou pela cerca e foi direto para o moinho que carrega a água para dentro. Que enxurrada!
Junto com a gente, foi o Paulinho Davene, o Marquinhos, a esposa do Roberto e foi só alegria. Aquela água gélida, levantou o ânimo dos que tomaram banho e assim prosseguimos.
O Paulo foi alcançar a turma e eu continuei, agora cada vez mais cansada, num prego, bem dizer.
Perto do asfalto, 28 km percorridos, falei para o Vila que eu estava muuuito cansada.
Justamente nesta hora, o Paulo apareceu, dizendo que a galera continuaria por mais 20 km e ele daria uma parada na represa para quem quisesse tomar um tchibum.
Como tudo que acontece nestas trilhas é sempre para o nosso bem maior, apareceu uma Kombi e dessa vez, peguei carona.
O Vila, apesar de estar como se começasse a trilha, por companheirismo, foi comigo.
Paulão seguiu, indicando para o restante dos bikers, que horas depois, foram chegando felizes, assim como o Beto Xeroso, que chegou primeiro, seguido pelo Daniel, que já conhecia Santa Isabel por ali ter feito uma competição, depois, Paulinho Davene, Lian, como sempre, inteirona, depois as meninas, que agora nem lembro o nome, porém uma, que faz competição de corridas de aventuras, chegou descansada, enquanto a amiga, falou que o Santo Paulo havia empurrado em várias subidas, e só assim é que ela terminara!
É Santa Isabel não é fácil. Roberto e seu amigo não acharam a trilha fácil, porém a beleza compensa tudo.
Alguns outros, ficaram com bico, com pinta de achar ruim por ter muita subida... hehehehe.... há outros sítios que satisfazem a estes bikers... não é preciso ir para Santa Isabel pois ela exige muito, independente de quem quer que seja. Se não agüenta, desista, ninguém vai bater nele ou neles!
Fico imaginando como estas pessoas teriam se sentido se tivessem ido na trilha da semana passada, onde, além dos singles tracks, e subidas vertiginosas, o caminho percorrido foi de 70 km! Ai sim, eles teriam tudo para reclamar....
Quanto ao restante, somente elogios, inclusive da parte do Vila.
Trilha é assim, mesmo quando está ruim, é boa e, quando está boa, é melhor ainda!
Foi ótimo voltar neste clima, com o Vila ao meu lado e o Paulão do outro! Tudo só poderia estar realmente fantástico!
No dia seguinte, lá perto das 10 hr, liga o Vila:
- oi filhotinha! Como vc. está?
- Vila, tô podre! (o Paulo riu!)
Olha, estou ligando para dizer que a trilha foi uma maravilha, que desafio! Que subidas! Que Paisagem! Deus, como eu sou feliz!
Obrigada Vila, todos nós somos presenteados, por contar com você, nestas aventuras incríveis, que às vezes, quando terminam, a gente nem acredita!!!
Super beijos!!!!!
Tudo tem que ter um começo, né? Então falei pro Paulão que eu queria ir para Santa Isabel pedalar sozinha com ele.
Tudo bem... mas daí o Vila ligou e eu convidei. Para não deixar alguns amigos muito queridos por fora, alguns avisei por e-mail, outros tentei no telefone e outros, vieram por causa do Vila.
E ai, a bagunça se formou! E que bagunça gostosa! Pra uma trilha que ia ter 2 pessoas, 16 estava pra lá de legal!
Deixamos os carros na casa da mãe do Paulo e seguimos, porém muito tarde, para aquelas bandas. Começávamos 10 horas, sendo que nesse horário, eu e o Paulo já estamos voltando, pois lá é muuuiiiitto quente, mmmuuiiiita subida, apesar de valer cada milímetro de esforço, pela beleza do lugar.
Nem é preciso dizer que logo que entramos no mato, foi um óóóóóóóhhhhhh geral!. O Vila, daquele jeitão dele, só falava, que MARAVILHA, filhota, que MARAVILHA!!! Subia-se morro, descia-se morro, quando a gente olhava o Beto Xeroso bem atrás, dando risada e perguntando com a gente estava.
O Roberto Japonês, com sua simpaticíssima esposa, também pedalavam, nos últimos lugares, mais para me fazer companhia, do que por seguir seu próprio ritmo.
Sei que lá, é uma trilha dura, porém não é das piores. Sei também que para o Vila, aquilo era um néctar dos Deuses, pois esse homem nunca parou de pedalar.
O Calor cansava mas todos estavam inteiros!
Ali, em Santa Isabel, as descidas são ecléticas. Há para todos os níveis. Os caminhos nos lembram um pouco Igaratá, pela abundância de vegetação, pelo desnível das terras e até mesmo pela quantidade de gado que vemos.
Quando é muito cedo, gaviões disputam com pássaros, pequenos insetos desatentos que voam pelos ares.
A quantidade de sons que desconhecemos, supera e muito, todos os lugares onde já estivemos.
Há também, abundância de sombras, que nos refazem após uma subida mais árdua.
Para o Paulo, aquilo tudo não passa do quintal de casa. Ele subida para indicar o caminho para a galera mais apressada, mostrava onde estávamos, ensinava o Beto, voltava para o restante da galera e ainda... hehehehe dava um empurrãozinho para eu subir. Confesso que esta minha primeira trilha teria sido uma tortura se ele não estivesse lá.
Depois de algumas descidas e subidas e aquela visão incrível, paramos num lugar que alguns de nossos amigos já conhecem, que é um Alambique pra lá de antigo.
Quando o dono está sóbrio, ele é sério e compenetrado. Quando já experimentou alguns goles de sua fabricação, aí, ele é só alegria, boca suja e muito abraço.
Seu irmão nos conta que aquelas terras, assim como o Alambique, pertenciam à uma rica família quatrocentona de São Paulo. Quando veio a libertação dos escravos, aquele pequeno terreno foi vendido para eles e assim nasceu o Alambique.
Com a chegada dos imigrantes italianos, novamente o Alambique mudou de dono, e continua com a família, até nossos dias.
Hoje, a primeira casa, depois de reformada, só contém as telhas antigas, ainda feita nas coxas, desiguais que cobrem o pequeno sítio. Onde está toda a parafernália que faz os vapores subirem, extraem a essência da cachaça, a construção é mais recente, porém longe de ser uma coisa moderna.
Ao chegarmos lá, o calor sufocante não era amenizado nem pelas sombras das frondosas árvores. O Paulo, então, passou pela cerca e foi direto para o moinho que carrega a água para dentro. Que enxurrada!
Junto com a gente, foi o Paulinho Davene, o Marquinhos, a esposa do Roberto e foi só alegria. Aquela água gélida, levantou o ânimo dos que tomaram banho e assim prosseguimos.
O Paulo foi alcançar a turma e eu continuei, agora cada vez mais cansada, num prego, bem dizer.
Perto do asfalto, 28 km percorridos, falei para o Vila que eu estava muuuito cansada.
Justamente nesta hora, o Paulo apareceu, dizendo que a galera continuaria por mais 20 km e ele daria uma parada na represa para quem quisesse tomar um tchibum.
Como tudo que acontece nestas trilhas é sempre para o nosso bem maior, apareceu uma Kombi e dessa vez, peguei carona.
O Vila, apesar de estar como se começasse a trilha, por companheirismo, foi comigo.
Paulão seguiu, indicando para o restante dos bikers, que horas depois, foram chegando felizes, assim como o Beto Xeroso, que chegou primeiro, seguido pelo Daniel, que já conhecia Santa Isabel por ali ter feito uma competição, depois, Paulinho Davene, Lian, como sempre, inteirona, depois as meninas, que agora nem lembro o nome, porém uma, que faz competição de corridas de aventuras, chegou descansada, enquanto a amiga, falou que o Santo Paulo havia empurrado em várias subidas, e só assim é que ela terminara!
É Santa Isabel não é fácil. Roberto e seu amigo não acharam a trilha fácil, porém a beleza compensa tudo.
Alguns outros, ficaram com bico, com pinta de achar ruim por ter muita subida... hehehehe.... há outros sítios que satisfazem a estes bikers... não é preciso ir para Santa Isabel pois ela exige muito, independente de quem quer que seja. Se não agüenta, desista, ninguém vai bater nele ou neles!
Fico imaginando como estas pessoas teriam se sentido se tivessem ido na trilha da semana passada, onde, além dos singles tracks, e subidas vertiginosas, o caminho percorrido foi de 70 km! Ai sim, eles teriam tudo para reclamar....
Quanto ao restante, somente elogios, inclusive da parte do Vila.
Trilha é assim, mesmo quando está ruim, é boa e, quando está boa, é melhor ainda!
Foi ótimo voltar neste clima, com o Vila ao meu lado e o Paulão do outro! Tudo só poderia estar realmente fantástico!
No dia seguinte, lá perto das 10 hr, liga o Vila:
- oi filhotinha! Como vc. está?
- Vila, tô podre! (o Paulo riu!)
Olha, estou ligando para dizer que a trilha foi uma maravilha, que desafio! Que subidas! Que Paisagem! Deus, como eu sou feliz!
Obrigada Vila, todos nós somos presenteados, por contar com você, nestas aventuras incríveis, que às vezes, quando terminam, a gente nem acredita!!!
Super beijos!!!!!
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