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Local: São Paulo, Sudeste, Brazil

Sou dona risada! adoro bike e apesar de mil caidas, ainda não desisti! Quero ficar bem velhinha, andando de bike, nem que seja de cestinha na frente. Adoro ficção e apesar disso tudo,sou formada em jornalismo. Tenho uma confecção de roupas para ciclistas e adoro fazer isso também.

30 abril 2006

Sta Isabel, pedaço de Paraíso










A cidade escolhida neste sábado, seria para mim, uma lembrança no mínimo meio triste. Foi lá que eu quebrei a clavícula em l900 e epa.(hehehehe), mas tínhamos conhecido o Luiz e o Edney e queríamos muito ser apresentados à cidade de Sta Isabel, pois eles não nos paravam de falar que ela era linda.

E é mesmo. Ao chegarmos, cerca de 18 bikers, juntamos com a turma do Edney e nos tornamos 26.

Bate boca daqui, bate boca dali, fazemos ou não 50 km, ficou decidido que veríamos mais tarde, conforme o rendimento da galera.

O Paulo, um dos meninos do grupo, já foi tomando dianteira e explicando como seria a saída. Oba! temos opção? Tem: subida ou descida... prefiro subida de cara a ter que enfrentar com fome, subida na chegada...

Então fomos. Saímos do centrinho e quase imediatamente, do lado direito da fonte, pegamos estrada de terra. Claro... subida.

Sobe, sobe sobe, aquele sol fresco da manhã era uma carícia no rosto... nas pernas... nos braços (rs) da gente.

Íamos tranquilos, sem desespero, por que de repente se o pessoal resolvesse fazer 50 e eu ficasse podrona lá no meio, só eu de mulher teriam 25 caras me olhando feio!! Eu hein! além do mais, se já estava começando por subida, o que nos esperava?

Segundo o Paulo, nada de se matar ou ser morto, porém.... precaução não faz mal à ninguém.

Descemos uma parte da estrada linda, cheia de pedras, mas que não chegavam a dar aquela adrenalina... e então, no meio do nada, os meninos falam, entrem ai, à esquerda... começava o paraíso.

Um single maravilhoso, cheio de pés de caquis do lado esquerdo, cheio de flores, cheiro de mato, folhas, do lado direito, daqueles lugares onde o sol não bate e fica um friozinho gostoso, com perfume de terra molhada.

Vc. só escutava: - uau! que lindo, - da nossa turma - e risada satisfeita - dos nossos anfitriões.
Era curta e todo mundo fez bico. Pegamos a estrada novamente e mais subida. Galera, não dava prá reclamar nem delas! A cada cume, a paisagem era tão linda que a gente babava.

O Paulo explicava: Na frente vc tem Igaratá, do lado direito, Serra de Mogi, do esquerdo Nazaré; atrás Guarulhos. Era Serra em cima de Serra. Estávamos na região de Igaratá, Morungaba, o que é que a gente queria? Do Topo, dava prá se sentir rei (ou rainha no meu caso) de uma imensidão verde com azul que ia até onde os olhos alcançavam.

Mais subidas com pedras, valas, erosões e óbvio,muito cocô cavalo e de vaca... ah! isso tinha uma pancada!

Na segunda subida forte, lá ia o Daniel Jimenez, pelo lado direito e eu.... claro, entalei a roda num buraco e tive que empurrar o resto da subida.. acreditem... até isso era gostoso! Também, estávamos num lugar cuja a altitude chegava à 655 mts. Quer mais? Tinha mata atlântica! Já estou me tornando uma expert!. Ainda segundo o Paulo, aquela região foi muito estragada pelo cultivo do café! Se é bela agora, já imaginou tempos atrás! Neste ínterim, o Luíz, um dos nossos, resolveu que não faria o restante do passeio.

Lembram-se do que lhes falei naquele texto "Nossas Trilhas" ? É preciso que nós mesmos saibamos nossos limites. Quando ele percebeu que não seria legal, ele saiu, estoicamente, diga-se de passagem, entretanto com toda a consciência de uma pessoa sensata.

Bom, mais um caminho de subida, of course, e todos eles sinuosos, portando, dava para ver quem estava na frente e fazer carnaval... gritando e fazendo bagunça!

Como era uma estrada com cerca, tinha um pasto com algumas vacas e eis que apareceu um senhor, num cavalo, um cachorro, e eles dois, juntando gado. Cena bucólica que vai ficar marcada, pois em todas as nossas andanças, eu também nunca havia visto este tipo de cenário.Vai, fica com inveja... pode ficar... lá em cima, a galera toda esperava um pouco e então.. partímos, não sem antes, ganhar gominhos de mexerica do Paulo, e tomatinhos do Ary, colocados em um pote, com sal... Ah! e como sempre tem um louco mór, o Paulo tirou uma garrafa de coca cola 1,5 litros e ... estava gelada!!!

Mais um single e esse cheio de galhos, tanto no chão, quanto nas árvores... vejam... nada era punk, contudo, é bem o espírito do montain bike... montanha acima, montanha abaixo, selvagem, insólita, fechada, e muito céu azul ...azul...

Entramos , por uma vereda linda! Não dava para andarmos todos juntos entretanto estávamos grudados à natureza... mais que perfeito!

Epa! Tombo à vista! não muito feio, mas o Luiz, um dos anfitriões, caiu, lá de cima eu o vi levantando-se do chão. Apesar de não ter sido nada grave, ele cortou um pouco a boca e sangrava.. nada que o detivesse em nossa marcha intermitente. Mais um pouco, tomei um tombinho besta .. em cima de matinho prá não machucar o ...

Daí, mais um pouco, a trilha, bela e porém não inóspita, cobrou o tributo de cada um....hehehehe! Imagine o Otoni caindo... yess.... é isso mesmo o que vc. está lendo!! O Otoni caiu, o Daniel Jimenez caiu, O Alon caiu... eu.... bem.... cai tb!! Numa parte fofinha, igual a todos, que nem ralar, ralou, todo mundo em câmera lenta, ca...ta....bum....bum...
Terminou o trecho estreito, técnico, cheio de árvores e raízes?
Simmmmm. Então fomos para o bar do Pedro Leme. Eu cheguei por último junto com o Paulo, companheiro em tempo integral nesta jornada.. Atrás, com problemas na corrente ainda tinham três, que logo nos alcançaram.

E a galera, toda esticada no chão... era Alon, com cachorro abanando o rabo prá ganhar um pedaço de sanduiche dele, era o Érico, comendo salgadinho... o Ary, com agrado para mim, com sanduiche de pão preto, com queijo branco e tomate! Quer mais? Ganhei guaraná, fresquinho, delicioso, que foi tirando toda a terra que estava inscrustada na garganta. Que dia!

Da mochila do Paulo, além da coca-cola gelada, saiu pão, peito de peru, um coelho, uma cartola... Tá bom, tô aumentando, coelho e cartola, não, mas o resto...

A cara da galera era a de mais pura felicidade. Os dois amigos japa do Fábio Calvoso, eram engraçadíssimos na subida. Vc já escutava de longe um deles gritando vai... vai.... vai.... e pô, ele estava falando ... prá ele mesmo!! (rs). O outro ria, e devagar, subia, escutando os gritos do amigo!

Teve pneu furado, teve corrente quebrada, pedal perdido, mas nem isso fez com que os ânimos esmorecessem.

O melhor, na verdade, ainda estava por vir. Mais mil metros, -o Paulo falou - e vamos ver um outro lugar lindo. E a gente sentia que eles faziam isso com o maior prazer do mundo. Depois de uma descida com o tanque abastecido, tudo era festa, né?

Chegamos à uma porteira, passamos, e ali do lado direito, gargarejante, barulhenta, rumorejante, maravilhosa, um mini cachoeira. Alguns ficaram olhando, outros, como eu, não resistiram e caimos , dentro da água deliciosamente fria. O Otoni, peixe de rio, já "se atirou-se" por inteiro, como eu, de óculos e tudo!

O Paulo pulou de cabeça, mas ninguém mais teve coragem. Ficamos mais um pouco e então o Paulo levou o Otoni e mais alguns, para a parte mais selvagem da cachoeira. Tudo era verde de limo, escorregadio e eu não me aventurei... Mas nosso representante oficial, mais uma vez, surpreendeu a todos. O Otoni ficou na pedra e pulou. O Gui Cavallari, registrou tudinho!

Queria algo mais do que isso? Mais perfeito? Fomos até uma fazenda, encher as caramanholas de água fresca, limpa e assim, revitalizados, pegamos obviamente, mais subida prá voltar.

Tudo era subida no regresso, porém ninguém reclamava. Alguns, como o Fábio Braga, tiveram problemas intermitentes com a bike que quebrava a toda hora. Vários ficavam para dar uma força e, poucos km depois, juntávamos o grupo novamente. Todos os meninos fantasticamente atenciosos, iam e voltavam, vendo quem estava por último e indicando o caminho para os meninos lá do primeiro grupo.

Fazer o passeio com gente da região, tem um certo sabor. Eles conheciam os bairros, as estradas, os lugares recônditos de toda a região. A estrada do Pau Cerne, foi uma dessas o que acabou gerando.... bom, isto é caso para outras histórias.... (rs)

Assim, quando chegamos ao topo, vimos todos parados. Mais uma vez, com tudo registrado pelo Gui, todas as bikes no chão e um monte de bikers comendo caqui no pé. Cada um com mais cara de moleque do que o outro.

Comeram e se foram, para uma descida linda, cheia de árvores que faziam sombras e mais sombras. Desenhos fantásticos no chão que pareciam criar vida a cada murmúrio que o vento fazia.

Com este caminho cheio de poesia, chegamos à parte baixa, onde a represa de Jaguari nos dava aquela visú que vou guardar para sempre.

Mais uma ponte, mais algumas subidas e chuif, terminava o passeio.

Se o paraíso não for ali, bem, deve estar bem próximo, depois de tantas subidas, mas vendo tudo aquilo, tanto verde e tantas pessoas fantásticas, de repente eu me lembrei de um pedacinho de uma música que todos nós deveríamos conhecer... dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada... BRASIL!

Yes, nós temos tudo de bom...né?

Super beijos
Ira!!!


8 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Olá Ira!!!
Fico muito feliz, por ler o seu relatado da trilha e por saber q vcs gostaram do passeio.
Foi show... e vcs estão convidados para vir novamente, dai vamos passear por outras trilhas...
Beijos...

2/5/06 21:58  
Anonymous Anônimo disse...

Isso aí Ira!!!!!
Que legal o relato sobre as trilhas aqui de Santa Isabel. Fico feliz por terem gostado, e mais feliz ainda por ter conhecido uma galera tão empolgada e legal para pedalar. Ainda estou um pouco dolorido do tombinho que levei na trilha, mas já estou pronto pra outra. Um forte abraço para todos do MoonBikers, em especial para você Ira!!! Luiz (Fábio)

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