E ai, o que aconteceu entre Monte Verde e Gonçalves?
A primeira grande aventura, era o tempo quem estava nos dando. Ninguém sabia como realmente estariam as condições em Monte Verde e pior ainda, até chegar em Gonçalves.
Todos os dias o José Luiz me ligava... tá chovendo, tá uma lameira, tá infernal.... e no outro dia: ops! parou de chover, tá secando, tá enlameado mas acho que dá!
Nossa maior preocupação, era que ninguém queria ir em ritmo, problemas, adversidades e dificuldades de uma prova. Queríamos sim, fazer um passeio legal. Resolvemos então, cancelar, tristes, porém com consciência.
Entretanto, depois de ficarmos sabendo que, durante três dias não chovera, ficou tudo como estava antes.
Após todos os preparativos do dia 8, dormir apenas 2 horas, ficar com a adrenalina a mil, enfim chegara o momento tão esperado.
Quase britanicamente, as pessoas começaram a chegar ao estacionamento às 4 horas da manhã. Teve início a coleta dos alimentos, a chamada dos bikers, a arrumação, no caminhão, de todas as bikes e enfim a entrada da galera, cheia de ansiedade, no ônibus.
Enquanto isso, eu, o Paulo e o Marcos, íamos na frente, verificando no ponto do café, todas as coordenadas.
Assim que o pessoal chegou, nós saímos, daí em direção à Monte Verde.
Logo que chegamos, fui pegar as últimas coisas faltantes na Cidade, enquanto o Marcos ficou aguardando o caminhão e o Paulo partiu com a Mariana para armar a tenda dos doces e frutas, que o pessoal fica esperando, como já é de costume.
O ônibus chegou, o pessoal foi pegando as bikes, tirando as fotos e dentro em breve, saímos.
A chuva começou em forma de garoa, finiiiinha e constante enquanto a gente ia acompanhando a galera mais tranqüila.
Um pouco de subida em asfalto e logo depois, entramos à direita, com direito (hehehe) a um mundo enlameado.
O nosso objetivo era encontrar o Paulão, trocar de carro, e mais outras mil elucubrações, que, aos poucos, foram indo por “chuva” abaixo.
O chão cada vez mais escorregadio, fazia com que aquilo, andando de carro, mais parecesse um rallye!
Passei o carro para o Marcos e fiquei ao lado dele, observando tudo e tagarelando, como é de praxe, né?!
O Melque é um dos bikers que ficava bem para trás, porém pensei no inicio, que fosse por ele ser mecânico e querer ajudar aos retardatários, contudo, a razão era essa e mais uma outra! Nosso destemido amigo, corrigira há pouco, através de uma cirurgia, um “ probleminha” no coração e estava ali, pedalando conosco, bravamente!
Outro corajoso, era o Juliano. Há anos não pedalava e resolveu encarar! É gente assim, que busca seus limites, que nos inspiram a fazer estes passeios.
Há ainda aqueles outros de quem nos admiramos pelo fato de nunca pararem de pedalar e estarem cada vez melhor.
Mauro, Lian, Jurgem... são um desses exemplos!
Daniele, sempre gracinha, pedalando forte e sem palavras para o casal Spadafora, que incansavelmente, não se entregaram!
Teve também a Jackie, o Mox, que, num ritmo de “vamos terminar”, chegaram inteiros de um passeio carregado de montanhas!
Teve que empurrar algumas vezes? Pô ! Claro, né meu!!!! Vejam as fotos dos empurra-bikers!
A passagem mais emocionante, eram as subidas!
Numa deles, o Juliano, muito cansado, então sugeri que ele fosse até a barraca de frutas, comesse, descansasse e só depois prosseguisse. Aceitou, então, pegou carona com o Paulão, enquanto o Hélcio ia comigo. Logo depois, com as subidas ficando mais íngremes, pegamos o Sr. Spadafora e resolvemos ir um pouco mais prá frente.
A chuva, neste momento, piorou e o carro, bem.... quem disse que subia? O Marco mostrou a melhor performance de piloto, jogava o carro prá cá, jogava o carro prá lá, e ele dançava, serpenteava e não subia!
Os meninos desceram, o carro subiu. Todo mundo subiu à bordo e partimos. Fomos encontrando várias pessoas e todos muito bem, em seu próprio ritmo! Fabíola e Fabiano, o casal gracinha, subia junto e ela, magrinha, parecia um cabrito montanhês!
Mais uma subida, dessas que brincam de serpentear e não contar onde é o final! Mais uma vez, o carro não subia e nós tentávamos, os meninos fora, ajudavam até a empurrar e nada! O Hélcio falou, vou subir na frente prá fazer peso, vamos ver se vc. Consegue! Bom, eu não ia deixar escapar uma dessas, ia?
- Deixa que eu subo!!
E assim fiz! Subi, os meninos me mostraram como segurar e dessa vez, dois empurrando atrás do carro, o Marcos pilotando e eu, parecendo filme de ação, grudada na frente do carro, fazendo com que ele subisse.
Por fim, ele deslanchou e nós, fomos subindo a pé.
O Paulão, sempre trazendo, quando voltava, notícias do pessoal “da frente” .
Assim, soubemos que o Jurgem estava lááááááá na frente, entre os 20 loucos bem treinados que adoram fazer passeios rápidos, junto, claro, uma das minhas preciosas amigas, Lian.... bom, também não preciso dizer que o Paulinho chegou entre os 5 primeiros, pois há muito não pedalava e tava... meio fora de forma.... hehehehehe... Paulinho, queria ficar fora de forma do jeito que vc.fica, viu, meu filho.....
Vários tombos também fizeram a festa! Segundo o comentário de alguns, a trilha ficaria fácil e rápido, se não houvesse tanta chuva... o que eu achei mais divertido, foi justamente o comentário do Rivelino dizendo exatamente o contrário!
- Ira, lembra daquela poça enorme??? Meu, pensei, vou nela! Eu vou, eu vou e fui.... bem no meio,(todo feliz!) E passei, não cai!!!!
É sempre contagiante ficar no meio dessa galera!
As paisagens vão falar mais alto do que minhas meras palavras, entretanto, para aqueles que pedalam no meio do mato, enfrentando as dificuldades que só a mãe natureza nos dá, para nos fortalecer, é que vão entender quão precioso o cheiro da terra, molhada pela chuva da manhã.
Que fantástico é, ter a dificuldade do peso do corpo, da bike, da terra emperrando as rodas, dificultando o giro e assim mesmo, estarmos felizes de conseguirmos vencer nossos limites!
Fui ao ponto das frutas! A Galera ainda devorava a melancia, como se sorvesse o néctar dos deuses!
A Nodinha, nossa brava representante nipônica, chegava até ali, inteira, vermelhinha pela exaustão, com uma das caras mais felizes que já vi na minha vida!
A conversa geral, onde mais parecia o burburinho de uma feira medieval, foi se aquietando, conforme as bikes partiam.
Dentro em breve, ficamos, eu e Mariana, para desmontar a tenda, esperar pelos últimos bikers, que após chegarem, ainda tinham algumas paçoquinhas “mágicas” para dar aos últimos 15 km., uma força para estes bikers, loucos por pedal!
Tudo arrumado, partimos com um biker extra na caçamba! Era o Melque, que agora, estava mais interessado na descida quilométrica que, era presente para os que chegavam à campesina Gonçalves, escondida no meio de muitos morros, invisível a muitos!
No meio da descida, de repente, o Paulo pára.
-Vc. viu?
- Vi o quê?
- Uma carteira!
Na carteira, tirando o dinheiro, tinham todos os documentos com os quais não se deve andar! Até título de eleitor, carteira de motorista, rg, carteira de trabalho, nunca vi algo assim!
O Paulo pegou, para quando chegasse à cidade, colocar tudo na caixa do correio, visto que não era de nenhum dos nossos.
Pequena, agradável e hospitaleira, Gonçalves se viu em meio a um turbilhão barulhento de ciclistas que infestaram imediatamente o banheiro municipal a procura de um bom banho, para tirar a segunda pele confeccionada pelo barro.
Logo, saíram ciclistas limpinhos, satisfeitos, cansados e esfomeados!
Lembram-se da carteira? Eis que aparece o guri, louco, perguntando se alguém havia encontrado. Como eu não lembrava do rosto, na foto, passei um rádio para o Paulão, vir nos encontrar, entretanto, era o próprio, e graças aos " olhos de águia " do Paulo, esta história, teve um final feliz!
Chegamos então, à última etapa do passeio: Pegamos o ônibus e rumamos para o restaurante.
Depois de alimentados, satisfeitos, cansados, com muito soninho e pouca conversa, subiram no ônibus e perfizeram a volta dos, mais uma vez, bravos bikers em mais uma aventura daquelas, que, se não forem contadas para os filhos, vão ser para os netos... com certeza!!!
Super beijos e abraços
Ira, José Luiz, Marcos e Paulão.
no http://cicloaventuras.multipy vc. poderá ver mais fotos do nosso passeio!!! click e veja! (hehe)
Todos os dias o José Luiz me ligava... tá chovendo, tá uma lameira, tá infernal.... e no outro dia: ops! parou de chover, tá secando, tá enlameado mas acho que dá!
Nossa maior preocupação, era que ninguém queria ir em ritmo, problemas, adversidades e dificuldades de uma prova. Queríamos sim, fazer um passeio legal. Resolvemos então, cancelar, tristes, porém com consciência.
Entretanto, depois de ficarmos sabendo que, durante três dias não chovera, ficou tudo como estava antes.
Após todos os preparativos do dia 8, dormir apenas 2 horas, ficar com a adrenalina a mil, enfim chegara o momento tão esperado.
Quase britanicamente, as pessoas começaram a chegar ao estacionamento às 4 horas da manhã. Teve início a coleta dos alimentos, a chamada dos bikers, a arrumação, no caminhão, de todas as bikes e enfim a entrada da galera, cheia de ansiedade, no ônibus.
Enquanto isso, eu, o Paulo e o Marcos, íamos na frente, verificando no ponto do café, todas as coordenadas.
Assim que o pessoal chegou, nós saímos, daí em direção à Monte Verde.
Logo que chegamos, fui pegar as últimas coisas faltantes na Cidade, enquanto o Marcos ficou aguardando o caminhão e o Paulo partiu com a Mariana para armar a tenda dos doces e frutas, que o pessoal fica esperando, como já é de costume.
O ônibus chegou, o pessoal foi pegando as bikes, tirando as fotos e dentro em breve, saímos.
A chuva começou em forma de garoa, finiiiinha e constante enquanto a gente ia acompanhando a galera mais tranqüila.
Um pouco de subida em asfalto e logo depois, entramos à direita, com direito (hehehe) a um mundo enlameado.
O nosso objetivo era encontrar o Paulão, trocar de carro, e mais outras mil elucubrações, que, aos poucos, foram indo por “chuva” abaixo.
O chão cada vez mais escorregadio, fazia com que aquilo, andando de carro, mais parecesse um rallye!
Passei o carro para o Marcos e fiquei ao lado dele, observando tudo e tagarelando, como é de praxe, né?!
O Melque é um dos bikers que ficava bem para trás, porém pensei no inicio, que fosse por ele ser mecânico e querer ajudar aos retardatários, contudo, a razão era essa e mais uma outra! Nosso destemido amigo, corrigira há pouco, através de uma cirurgia, um “ probleminha” no coração e estava ali, pedalando conosco, bravamente!
Outro corajoso, era o Juliano. Há anos não pedalava e resolveu encarar! É gente assim, que busca seus limites, que nos inspiram a fazer estes passeios.
Há ainda aqueles outros de quem nos admiramos pelo fato de nunca pararem de pedalar e estarem cada vez melhor.
Mauro, Lian, Jurgem... são um desses exemplos!
Daniele, sempre gracinha, pedalando forte e sem palavras para o casal Spadafora, que incansavelmente, não se entregaram!
Teve também a Jackie, o Mox, que, num ritmo de “vamos terminar”, chegaram inteiros de um passeio carregado de montanhas!
Teve que empurrar algumas vezes? Pô ! Claro, né meu!!!! Vejam as fotos dos empurra-bikers!
A passagem mais emocionante, eram as subidas!
Numa deles, o Juliano, muito cansado, então sugeri que ele fosse até a barraca de frutas, comesse, descansasse e só depois prosseguisse. Aceitou, então, pegou carona com o Paulão, enquanto o Hélcio ia comigo. Logo depois, com as subidas ficando mais íngremes, pegamos o Sr. Spadafora e resolvemos ir um pouco mais prá frente.
A chuva, neste momento, piorou e o carro, bem.... quem disse que subia? O Marco mostrou a melhor performance de piloto, jogava o carro prá cá, jogava o carro prá lá, e ele dançava, serpenteava e não subia!
Os meninos desceram, o carro subiu. Todo mundo subiu à bordo e partimos. Fomos encontrando várias pessoas e todos muito bem, em seu próprio ritmo! Fabíola e Fabiano, o casal gracinha, subia junto e ela, magrinha, parecia um cabrito montanhês!
Mais uma subida, dessas que brincam de serpentear e não contar onde é o final! Mais uma vez, o carro não subia e nós tentávamos, os meninos fora, ajudavam até a empurrar e nada! O Hélcio falou, vou subir na frente prá fazer peso, vamos ver se vc. Consegue! Bom, eu não ia deixar escapar uma dessas, ia?
- Deixa que eu subo!!
E assim fiz! Subi, os meninos me mostraram como segurar e dessa vez, dois empurrando atrás do carro, o Marcos pilotando e eu, parecendo filme de ação, grudada na frente do carro, fazendo com que ele subisse.
Por fim, ele deslanchou e nós, fomos subindo a pé.
O Paulão, sempre trazendo, quando voltava, notícias do pessoal “da frente” .
Assim, soubemos que o Jurgem estava lááááááá na frente, entre os 20 loucos bem treinados que adoram fazer passeios rápidos, junto, claro, uma das minhas preciosas amigas, Lian.... bom, também não preciso dizer que o Paulinho chegou entre os 5 primeiros, pois há muito não pedalava e tava... meio fora de forma.... hehehehehe... Paulinho, queria ficar fora de forma do jeito que vc.fica, viu, meu filho.....
Vários tombos também fizeram a festa! Segundo o comentário de alguns, a trilha ficaria fácil e rápido, se não houvesse tanta chuva... o que eu achei mais divertido, foi justamente o comentário do Rivelino dizendo exatamente o contrário!
- Ira, lembra daquela poça enorme??? Meu, pensei, vou nela! Eu vou, eu vou e fui.... bem no meio,(todo feliz!) E passei, não cai!!!!
É sempre contagiante ficar no meio dessa galera!
As paisagens vão falar mais alto do que minhas meras palavras, entretanto, para aqueles que pedalam no meio do mato, enfrentando as dificuldades que só a mãe natureza nos dá, para nos fortalecer, é que vão entender quão precioso o cheiro da terra, molhada pela chuva da manhã.
Que fantástico é, ter a dificuldade do peso do corpo, da bike, da terra emperrando as rodas, dificultando o giro e assim mesmo, estarmos felizes de conseguirmos vencer nossos limites!
Fui ao ponto das frutas! A Galera ainda devorava a melancia, como se sorvesse o néctar dos deuses!
A Nodinha, nossa brava representante nipônica, chegava até ali, inteira, vermelhinha pela exaustão, com uma das caras mais felizes que já vi na minha vida!
A conversa geral, onde mais parecia o burburinho de uma feira medieval, foi se aquietando, conforme as bikes partiam.
Dentro em breve, ficamos, eu e Mariana, para desmontar a tenda, esperar pelos últimos bikers, que após chegarem, ainda tinham algumas paçoquinhas “mágicas” para dar aos últimos 15 km., uma força para estes bikers, loucos por pedal!
Tudo arrumado, partimos com um biker extra na caçamba! Era o Melque, que agora, estava mais interessado na descida quilométrica que, era presente para os que chegavam à campesina Gonçalves, escondida no meio de muitos morros, invisível a muitos!
No meio da descida, de repente, o Paulo pára.
-Vc. viu?
- Vi o quê?
- Uma carteira!
Na carteira, tirando o dinheiro, tinham todos os documentos com os quais não se deve andar! Até título de eleitor, carteira de motorista, rg, carteira de trabalho, nunca vi algo assim!
O Paulo pegou, para quando chegasse à cidade, colocar tudo na caixa do correio, visto que não era de nenhum dos nossos.
Pequena, agradável e hospitaleira, Gonçalves se viu em meio a um turbilhão barulhento de ciclistas que infestaram imediatamente o banheiro municipal a procura de um bom banho, para tirar a segunda pele confeccionada pelo barro.
Logo, saíram ciclistas limpinhos, satisfeitos, cansados e esfomeados!
Lembram-se da carteira? Eis que aparece o guri, louco, perguntando se alguém havia encontrado. Como eu não lembrava do rosto, na foto, passei um rádio para o Paulão, vir nos encontrar, entretanto, era o próprio, e graças aos " olhos de águia " do Paulo, esta história, teve um final feliz!
Chegamos então, à última etapa do passeio: Pegamos o ônibus e rumamos para o restaurante.
Depois de alimentados, satisfeitos, cansados, com muito soninho e pouca conversa, subiram no ônibus e perfizeram a volta dos, mais uma vez, bravos bikers em mais uma aventura daquelas, que, se não forem contadas para os filhos, vão ser para os netos... com certeza!!!
Super beijos e abraços
Ira, José Luiz, Marcos e Paulão.
no http://cicloaventuras.multipy vc. poderá ver mais fotos do nosso passeio!!! click e veja! (hehe)
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial